quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Foi uma FRELIMO derrotada que pediu negociações com a RENAMO

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Pela primeira vez, que saibamos, foi escrito, preto no branco, ter sido Chissano que pediu a interferência de arap Moi do Quénia para estabelecer negociações com a RENAMO com vista ao fim da guerra civil. Afinal quem se rendeu ao "bandidos armados" foi a FRELIMO.
Destaco parte de um comentário do Prof. Nota Moisés, aqui colocado em outro local, que justifica esta conclusão:
…”O regime do antigo-presidente Daniel arap Moi do Kenya viu-se neste tipo de situação psicológica. O oficial que foi indigitado por presidente Moi para estabelecer os contactos entre o Quénia e a Renamo que vieram depois a ligar a Frelimo com a Renamo disse me secamente: "Numa reunião, o presidente Chissano falou com o presidente Moi para ajuda-lo estabelecer contactos com a Renamo visto que ele queria negociar com a Renamo. O presidente Moi não tomou a sério o pedido visto que não queria que o Quénia estivesse ligado com a África do Sul." Continuou o oficial: "como não houvesse reacção do presidente Moi, Chissano veio a repetir o mesmo pedido ao presidente Moi numa outra reunião. Foi assim que o presidente Moi decidiu tomar o pedido seriamente. Para alem do presidente Moi estar muito inquietado com esta guerra em Moçambique que ceifam milhares e milhares de vidas dos nosso irmãos moçambicanos. Mas o Quénia não quer de nenhuma maneira estar ligado com a África do Sul. Vamos tentar tudo por tudo através do Malawi." Dito e feito, O Quénia pediu ao Malawi e o Malawi cooperou visto que todas as zonas fronteiriças de Moçambique com o Malawi e quase todo o interior eram zonas libertadas da Renamo, ficando a Frelimo com algumas vilas e cidades aqui e acolá. Trabalhei com o governo do Quénia que gastou milhares e milhares de dólares neste processo até que se estabeleceram os contactos que permitiram o pessoal da Renamo, incluindo o próprio Dhlakama, a transitar para o Quénia para encontros com os religiosos que punham pressão na Frelimo para negociar com a Renamo. Porque a Frelimo escolheu o Quénia e não um outro pais africano? Chissano sabia que um bom numero de dissidentes contra a liderança de Eduardo Mondlane e de Samora Machel tinham fugido para e viviam no Quénia. E também sabia através dos seus informadores que eu já tinha transitado para as zonas da Renamo com jornalistas, embora já não vivesse no Quénia. …”
Mais uma dica do MOÇAMBIQUE PARA TODOS para a História da "Guerra de Desastibilização", denominação sem correspondência à verdade histórica.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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Comments

1
Beirense da Manga said...
"Assim a festa vai durar. Vamos ter muita festa, dança,...durante muito tempo.
É bom, bom mesmo.
Recordo também Ronald Reagan, o Leão Indomável, que incentivou, e apoiou Gorvachov.
Caiu o muro de Berlim...e a festa saiu da garrafa, na Europa.
Agora só falta acabar com os bastardos da União Soviética (U.R.S.S.) que ainda restam.
Disfarçados de "democratas", de "civilizados".
É preciso matar o "camaleão", os "prostitutos" da política."
Sublinho mais...Gorby afirmou que Putin já fez dois mandatos... e BASTA!Querem Tsunamis em Moscovo, como houve em Cairo?
O VELHO sabe! A lot, como me comentaram ontem na Victoria Station!
ESTÃO TODOS AVISADOS!TODOS!O VELHO está dar instrução DIRECTA, aos "sobrinhos TODOS"!
A LUTA É CONTÍNUA
2
umBhalane said...
Mikhail Serguéievich Gorbachev, ou Gorbatchev, nasceu em 2 de Março de 1931.
Foi o último secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da União Soviética de 1985 a 1991.
As suas reformas conduziram ao final da Guerra Fria, e acabaram com o poderio do Partido Comunista no país e satélites, e tiveram como consequência a dissolução da União Soviética (U.R.S.S.).
ONTEM, GORVACHEV, FEZ ANOS - 80 anos.
Parabéns, e muitos anos de vida, Gorbachev.
E muito obrigado, por mim, pelo mundo, pelo meu mundo.
O efeito dominó, a queda em cascata, nomeadamente na Europa, de regimes totalitários, profundamente desumanos, os ditos socialistas, internacionalistas, "libertadores científicos" e quejandos, foi uma festa...
que se continua...no norte de África,
e vai continuar...no centro, e no sul de África.
É só esperar. E estar preparado.
A HORA VAI CHEGAR.
As mangas não amadurecem todas ao mesmo tempo.
Ainda bem.
Senão apodreciam, e acabavam logo.
Assim a festa vai durar. Vamos ter muita festa, dança,...durante muito tempo.
É bom, bom mesmo.
Recordo também Ronald Reagan, o Leão Indomável, que incentivou, e apoiou Gorvachov.
Caiu o muro de Berlim...e a festa saiu da garrafa, na Europa.
Agora só falta acabar com os bastardos da União Soviética (U.R.S.S.) que ainda restam.
Disfarçados de "democratas", de "civilizados".
É preciso matar o "camaleão", os "prostitutos" da política.
A LUTA É CONTÍNUA.
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José Carlos Cruz said...
Permitam-me outra visão: a Renamo ganhou, mas a arbitragem e as autoridades mundiais deram a vitória à Frelimo. Vitória na secretaria, não no campo.
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Ninguém said...
Correcao.
assim como o Mohamed Alí ganhou contra George Forman em 1974 em Zaire. e nao (1674)
vejem este vídeo.http://www.youtube.com/watch?v=XGukWJPtA_c
5
Ninguém said...
Frelimo vs Renamo. = Mohamed Ali vs georg Foreman in zaire.
Quem ainda se recordar destes confrontos pode tirar uma conclusao paralela.
Na guerra Frelimo estava quase derrotada pela Renamo, mas por fim podemos dizer que Frelimo ganhou, assim como Mohameda Alí ganhou contra o george Forman em 1674 em Zaire. O Mohamed Alí já estava na mira da derrota, mas ele por fim gahou e é aclamado em mundo inteiro como o grande de sempre, assim como Frelimo que está até hoje no poder porque a Renamo nao ganhou.
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JJLABORET said...
Deus! Deus!
Por que me deste esta faculdade de rir tanto, até passar mal?
É bem dito, como na bíblia, "Bem aventurados os pobres de espírito" como sendo "Bem aventurados os loucos"?
O "link" dado por umBhalane conduz de fato (facto para "tugas")a uma obra prima da hilariedade! Leiam o texto e vejam o vídeo (em tamanho pequeno) ao lado do texto!
Agora entendo mais ainda, com mais certeza, que o brasileiro não é por sí só brincalhão e safado! É que lhe dão motivos, e depois de ver coisas como essa, se torna safado, e por consequência, brincalhão! Ou vice-versa, como diz o cantor e compositor Caetano Veloso, o que dá no mesmo, né?!
TUDO TEM UMA EXPLICAÇÃO! AGORA SEI!
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Elisio Fonseca said...
Meu Caro Amigo e Sr. Laboret,
fico-lhe eternamente grato pelos ensinamentos que me acaba de transmitir. A par da agronomia e da engenharia civil, o Senhor Laboret revela-se um exímio terapeuta.
Voltarei a escutar o samba receitado, na expectativa de ver sanada esta grave maleita que me aflige para assim PODER (aqui, com a devida vénia, sublinho o seu obamismo – ou barackismo, se preferir – “Moçambique Pode”) participar próximo escrutínio (previsto para daqui a um bom par de anos) de consciência tranquila, e com toda a facilidade depositar o meu voto no candidato da Renamo boa, pondo de lado, claro está, a Renamo má.
Explicando melhor: É que neste Blog surgem, pela pena de um mesmo cronista, duas renamos numa só: uma que é boa, e outra que é má. A primeira, sobressai consoante o protagonismo do narrador. A segunda – a má – vem à tona da água sempre que esse mesmo protagonismo esvanece.
O segredo, como o meu Amigo certamente concordará, reside em saber, no momento preciso, destrinçar a má da boa, naquele lugar solitário onde todo o eleitor, uma vez o indicador direito embebido em mistela indelével, rapa de uma caneta e traça duas linhas unindo cada um dos quatro ângulos rectos da quadratura do rectângulo.
O pior é se, no sacrossanto dia, surgir uma renamo menos má e outra menos boa, e aí render-me-ei, restando então pedir-lhe a si, Caro Amigo, um dos seus links virtuais, de preferência um que me conduza a Fafá de Belém, esse pedaço amazónico, deslumbrante como as Cataratas do Iguaçu.
Elísio
8
Francisco Moises said...
No mundo de pobreza em que vivemos em Africa, as pessoas pensam que o Ocidente é um paraiso natural. Eu tambem pensava assim, mas libertei me deste conceito na Africa antes de vir viver no Ocidente quando compreendi atraves da minha educaçao que a riqueza faz-se e que a riqueza produz-se. Vivi neste espirito em Africa, especificamente no Quénia onde trabalhei duramente para me libertar da dependencia das megalhas da representaçao das Naçoes unidas para os refugiados da qual dependia quanto era estudante.
Chegado no Ocidente, vi quao duramente as pessoas trabalham aqui e assim agora como ocidental tambem trabalho duramente. Nunca foi facil trabalhar e ir a universidade ao mesmo tempo e adquerir notas com distinçao quase sempre. Mas fi-lo e por causa disto obtive bolsas de estudos tambem.
Obviamente, o Ocidente ultrapassou ou nao tem aqueles problemas de regionalismo, tribalismo e discriminaçao descarada. Vivo num pais onde possa haver discriminaçao, mas as leis e os governos, provinciais como federal, estao muito ciente de combater qualquer discriminaçao e a discriminaçao é desencorajada e mesmo punida em termos da lei. E ninguem quer viver com nodoas de discriminador neste pais.
E estes governos aceitam criticas, vivem com a critica e crescem com a critica e as vezes sao destruidos pela critica da imprensa. Desde que cheguei neste pais, nunca vi jornais que adulam os dirigentes, que na verdade nunca sao os mesmos como no caso de Moçambique. Cada eleiçao, provincial ou federal, traz novas pessoas. Nunca um dirigente é tratado como "Sua Excelencia"-- uma grande piada que encoraja a ditadura. Nenhum dirigente canadiano pensa que é "sua excelencia". Sua excelencia de que -- de asneiras? Mas sao estes termos que alegram o Guebuza e o Dhlakama tambem.
O governo federal nao depende de nenhuma ajuda estrangeira para fazer funcionar este pais. Os cidadaos que trabalham pagam impostos e o governo usam tais impostos para desenvolver o pais e fazer tudo quanto é possivel fazer.
As pessoas e as suas capacidades sao tomadas em conta. As autoridades querem as suas qualidades e habilitaçoes independentemente daquilo que elas possam ser -- branco, preto, indio, indiano, mestiço, hispanico.... e para aqueles que nao podem trabalhar por razoes fisicas ou mentais, estes nao morrem de fome aqui. Sao cuidados pelo governo através do sistema de providencia social.
Portanto, se o governo como o de Moçambique nao eliminar estas coisas de tribalismo, regionalismo, a desconsideraçao das habilitaçoes dos cidadaos por nao serem de tribos correctas, pode-se na verdade dizer que Moçambique fique para as quizumbas e o regime moçambicano, qualquer que for, nao tera nenhuma simpatia minha. Ajudas de fora nunca jamais poderao desenvolver Moçambuqe como o nosso erudito JJ Laboret ja demonstrou aqui cabalmente com o caso do Brasil que detou fora tais dependencias para em pouco tempo se desenvolver numa potencia economica.

9
umBhalane said...
A QUEM POSSA INTERESSAR.
Comigo dá sempre resultado!
Quando fico confuso, pirado (que ainda não maluco), como bem notou o Ilustre JJLaboret, o que é que eu faço?
Agora já tenho outra alternativa - o samba que JJLaboret indicou, e que aproveito para agradecer. Valeu.
Antes dessa dica, fazia como? E continuo, sempre.
Ligava ("linkava"), conecto-me, aqui:
http://armandoguebuza.blogspot.com/
e, vá lá saber-se porquê! termina a confusão.
O esclarecimento é a mãe de todas as virtudes, e cura de todos os males.
Experimente.
O autor agradece.
Aumenta o nº de visitas, com os inerentes benefícios, e amplas perspectivas.
umBhalane
(macangueiro-aprendiz do Luabo)
10
José Carlos Cruz said...
Caro JJLaboret
Claro que tem toda a razão quando diz que a fortuna sorri também aos orientais. Mas isso é para pessoas que entendem um pouco melhor como funciona o mundo.
Pode crer, sem ironia nenhuma minha, que a maioria da população do terceiro, quarto e quinto mundo está convencida que o mundo está divido em ocidente e pobres. Ocidente, neste contexto, é um nível económico e cultural de certa parte da população mundial.
Há muitos anos atrás fiz uma experiência curiosa. Perguntei a muitas pessoas, moçambicanos todos, o que achavam como foi feito o mundo, relativamente à distribuição das riquezas e recursos.
Surpreendentemente quase todos, várias dezenas, afirmam que Deus, ao fazer o mundo, deu aos americanos a maior parte das riquezas, depois aos ingleses, portugueses, por aí fora.
Aos pretos Deus não deu nada, a não ser a tarefa de pedir aos americanos, ingleses e portugueses.
De nada me valeu ter ficado horrorizado com o resultado do meu próprio experimento. Na verdade obtenho com demasiada frequência outras provas sobre tal maneira de pensar: quando um europeu entra num bazar numa zona de gheto numa cidade moçambicana, os preços dos produtos nas bancas sobem subitamente. Todos têm a esperança de poder lucrar um bocadinho mais por qualquer venda ao cliente europeu. O mesmo acontece se o cliente é oriental, mas a um nível mais baixo.
Portanto, dependendo do aspecto étnico e cultural do cliente, os preços de mercado variam!
E nem vale a pena argumentar com ninguém que está errado, que os preços de mercado deverão ter outros critérios para variar, etc.
No fundo, o que está na mente das pessoas é que o ocidental (mesmo que seja chinês, se apresenta aspecto ocidental é ocidental) deve pagar mais porque é infinitamente rico, vive em prédios bonitos ...

11
JJLABORET said...
VOCÊ, EU, NÓS OU TODOS?
Caro Senhoe Elísio Fonseca,
A princípio (para os médicos), esse fenômeno parece ser normal!
A livre manifestação do pensamento, das idéias, são expostas dessa forma, e tudo com cordialidade, se bem que com visões, conceitos, explicações diferentes para os fatos, segundo a vivência real de cada, ou do "ponto de observação" privilegiado desse ou daquele sobre o tema proposto.
Claro está que muitos têm consideráveis elementos de convicção para expor seu conceito sobre isso ou aquilo (sendo fatos, notícias, coisas, objetos, pessoas), outros a própria vivência do fato em sí quando se trata do relato da história, ou ainda da confrontação das escritas dos historiadores diversos.
O conceito de cada um difere, segundo aquilo cimentado no seio da família desde tenra idade, valores morais adquiridos, preceitos religiosos, etc.
Claro fica que, numa família tradicional onde se observam valores éticos e morais, o indivíduo adquire conceitos diferentes daquele que cresceu no seio de uma família libertina, amoral, perniciosa.
Daí, que a opinião difere segundo esses parâmetros adquiridos por cada um. Por isso, vemos amiúde pessoas propugnando pela "legalização" das drogas, defesa do aborto indiscriminado, casamento entre pessoas do mesmo sexo, e já agora a legalização do casamento incestuoso!
Enquanto que outras pedem, mais ainda, o endurecimento das leis e cominações mais pesadas para o tráfico e uso de estupefacientes diversos, prostituição, aborto, etc.
ISSO É A LIBERDADE DE PENSAMENTO E IDÉIAS E SUA MANIFESTAÇÃO, O QUE É COMPLETAMENTE DIFERENTE DA PRÁTICA DESSAS MESMAS IDÉIAS.
Mas voltando ao seu "surto" de doideza...
Não se alarme não! Se o amigo "PIROU" ("pirar" ou "surtar", no Brasil significa ficar doido, maluco, abobalhado, abestalhado) trata-se de um fenômeno natural que atinge atualmente 99,99% dos que acessam blogs de comentários na NET. Acho que também eu estou contribuindo e dentro desses números!
Em um comentário abaixo, fiz referência a esse mesmo fenômeno que lhe atinge agora, porém a vítima era o caríssimo e respeitado mestre umBhalane! Até como terapia lhe indiquei um "link", para aliviá-lo dessa horripilante "carga mental" de comentador de blog, quem sabe, sorrindo um pouco tenha cura ainda que passageira.
O "link" leva a um samba, que narra justamente a estória de um "criulo" ("crioulo" é a denominação que o "carioca" usa, sem sentido pejorativo, para designar o negro em geral) compositor de sambas-enredo, que após pesquisar, ler, comparar, a história do Brasil pelos livros, jornais, crônicas, etc., com a intenção de fazer um samba que levasse sua escola a ser campeã, "PIROU" de vez e misturou épocas, personagens, lugares, situações, numa inverossímel narrativa musical!
E o pior, a sua escola de samba foi a vencedora do carnaval!!!! Pode isso?
De qualquer forma, fica para sí a receita, que é formidável, pois o amigo vai sentir que não está sózinho, não é o único que "pirou" de vez!
Dedico-lhe a sí (e a outros mais) então o belo samba, bastante que siga o "link":
http://www.youtube.com/watch?v=P-5LLSWkf-A&feature=fvw
E vou ficar por aqui, rindo de felicidade por estar num paraíso, já agora que vejo passando pelas nuvens uma manada de vacas voando, e um cavalo acaba de me cumprimentar com um simpático "boa tarde"! O que lhe respondi, pra você também!
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Elisio Fonseca said...
Sr Fernando Gil,
ajude-me! Ando confuso!
Já fui ao médico e disse-me que lá maluco não estou. Felizmente.
Peço-lhe encarecidamente, Sr. Gil: acuda-me, pois o médico à saída perguntou-me com um ar sério:
- Voçê costuma ler comentários em blogs?
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Francisco Moises said...
Concordo com Carlos José Cruz que o regime da Frelimo fez estragos, alguns com consequencias irreparaveis. Para repor Moçambique em ordem, faze-lo marchar para servir os interesses supremos do povo e da naçao, o pais precisara duma liderança ajuizada, calma, nacionalista e nao regionalista ou tribalista como acontece com a liderança da Frelimo que exclui grandes sectores da populaçao do processo de desenvolvimento nacional.
Tera que ser uma nova liderança moçambicana que tera que valorisar todos os moçambicanos, cada um com as suas qualidades e habilitaçoes e educaçao.
A liderança da Frelimo criou zonas esquecidas e decidiu interessar-se e proteger os interesses dos poucos do partido, que tudo do pouco que existe ou se da a Moçambique, angariam para si proprios em contradiçao a sua retorica de servir o povo -- uma mentira e aldrabice. A liderança actual da Frelimo mete-se em candongas, narcotrafico, matam mafiosamente aqueles que os criticam ou denunciam. Envergonha o pais perante a opiniao publica internacional.
Obviamente, tenho que ter muito cuidado para nao parecer aqui como uma pessoa que queira santificar a Renamo cuja liderança tem os seus defeitos, defeitos estes que as vezes tambem bradam o céu. Mas o que vi nas zonas da Renamo em situaçao da guerra, diga-se que mesmo as zonas libertadas, nao sao inteiramente exemptas de ataques aéreos e doutros actos bélicos do inimigo. Um dos actos ou crimes de guerra praticados pela Frelimo foi ataques aéreos contras as populaçoes vivendo has ilhas no rio Zambeze, onde pessoas gostam de viver por serem fertilissimas com abundancia da agua e de peixe, retirando se delas somente quando as ilhas sao ameaçdas por inundaçoes.
A Frelimo sabia que os habitantes de tais ilhas forneciam comida a guerrilha da Renamo e martelava as tais ilhas com bombardeamentos contra pessoas que eram civis e sem defesa. Quando as tropas da Frelimo e dos seus aliados tentavam atacar as zonas da Renamo, muitos dos seus ataques resultam em massacres contra a populaçao.
Inversamente ao comportamento da Frelimo que moveu uma guerra sem trégua com a religiao, vi um fervor de religiosidade nas zonas da Renamo. Havia refugiados moçambicanos e mesmo malawianos que iam pregar a religiao nas zonas da Renamo sem nenhum problemas ou serem impedidos pela Renamo.
Contrario ao que fazia o regime da Frelimo, nao havia guias de marcha nas zonas da Renamo. Pessoas andavam de zonas a outras, transitavam de provincias a outras. Durante as minhas marchas com os guerrilheiros, sempre nos cruzavamos com membros da populaçao. Os guerrilheiros sempre se comprimentavam com as pessoas e deixam as pessoas passarem primeiro.
Contrariamente ao que dizia a Frelimo, nao vi guerrilheiros que maltravam a populaçao. Quando queriam alguma coisa, pediam a populaçao com respeito. Nas zonas fronteiriças onde havia negocio, o kwacha do Malawi era moeda de négocio e nao o metical que a Renamo tinha em grandes quantidades capturadas da Frelimo. Na bases da Renamo, vi sacos e sacos de meticais. Os populares queriam o kwacha para negociar com os malawianos e comprarem bem no Malawi.
Invadir e roubar dos campos era mesmo tabu. Nenhum guerrilheiro o fazia. Mas isto tambem por outra razao: a crença de que as machambas estivessem armadilhadas com magias negras que podiam podiam fustigar quem roubasse. Esta crença nao é uma brincadeira. Pessoas preferm passar a fome do que ir roubar duma machamba alheia.
As autoridades locais, os régulos, eram restituidos aos seus poderes tradicionais depois de terem sido humilhados, e certos mortos pela Frelimo que os tinha substituido com grupos dinamisadores do partido Frelimo.
Os curandeiros praticavam livremente a sua profissao. Se houve um campo onde a Frelimo nao mexeu, foram os curandeiros visto que os frelimistas tinham medo dos poderes magicos dos curandeiros e eles proprios, os frelimistas, dependiam dos tratamentods dos curandeiros para sobreviverem. Em crenças tradicionais, os frelimistas nao sao diferents dos renamistas, como certos propagandistas ocidentais da Frelimo tentaram nos dar a entender.
O povo, liberto das sevicias e da fome das aldeias comunais da Frelimo, cultivava com muita determinaçao e viam-se machambas com quantidades enormes de comida -- até que era me dificil acreditar que estive no Moçambique cujo governo dependia de navios que atracavam em Maputo com comida de fora que ia alimentar as tropas da Frelimo e nao era dada a populaçao para quem tinha sido doada.
Nunca fui as zonas da Renamo com comida de fora e nunca passei a fome nas zonas da Renamo. Nem levamos nenhuma comida quando la entrei com o senhor Bethwell Kiplagat,o enviado do presidente queniano Daniel arap Moi, que comigo la foi para estabelecer os contactos entre o Quénia e a Renamo e depois entre a Renamo e a Frelimo. Na base da Renamo fomos servidos boa comida. Nao houve pao para o matabicho, mas houve batata doce com cha. Nas outras refeiçoes comemos arroz e galinha ou peixe fresco. Houve fruta.
A populaçao vivia sem incomodos da Renamo e as relaçoes entre os guerrilheiros e a populaçao eram boas -- muito boas. Ninguem da populaçao tinha medo dos guerrilheiros visto que estes nao utilisavam as suas armas contra a populaçao -- na verdade defendiam a populaçao quando havia ataques aerotransportados como foi no caso da regiao do Chire, na Zambezia, antes da minha chegada com o senhor Kiplagat.
Durante o ataque da Frelimo e dos tanzanianos, a populaçao da aldeira de Candeero foi massacrada pelos invasores, igrejas maticadas dos aldeoes queimadas e destruidas. A Renamo instruia que durante ataques a populaçao entrasse para se esconder na mata e evitasse correr nas picadas e caminhos.
Durante o ataque, antes da contra ofensiva da Renamo que derrotou o ataque, uma velha, perdida e que andava na estrada foi apanhada pelos invasores, amarrada a uma arvore e morta a faca. A Renamo sabia que o ataque vinha e tinha movido a populaçao para zonas seguras, mas a populaçao da zona de Candeero estava desprevenida. La os invasores utilisaram as azagaias e lanças dos proprios populares para mata-los visto que, como me disse um anciao rindo-se com amargura, os invasores disseram que aqueles aldeoes nao mereciam ser mortas a balas visto que eram inutéis.
Quanto a contra ofensiva da Renamo veio, muitos poucos invasores conseguiram ir a Mocuba e Quelimane donde a força invasora tinha vindo. Nenhum helicoptero veio os buscar visto que os invasores tinha perdido as suas radios de comunicaçao.
O povo praticava os seus usos e costumes, includindo costumes espiritistas.
Esta é a outra versao da guerra civil de Moçambique. A Frelimo ja contou a sua em que a Renamo eram os unicos malfeitores. A versao que conto aqui nao é por conta da Renamo. Nao sou pessoa da Renamo. Conto aquilo que vi e ouvi.
14
JJLABORET said...
Caro José Carlos Cruz,
O Senhor diz:
..."O Ocidente é o bairro de cimento do mundo, onde vive gente rica, em prédios bonitos brilhantes e cheios de cores, com carros fantásticos e comidas de sonho."...
Não só o Ocidente, mas também o Oriente!
O que dizer de Japão, Hong Kong, Coréia do Sul, Macau, Emirados Árabes, Koweit...e pasme, mesmo Israel!
A questão toda está resumida nos governantes ladrões, tiranos, genocidas, fanáticos religiosos, tribais, etc. que escravizam o próprio povo!
COMPARANDO-SE O CASO DE MOÇAMBIQUE
Poder-se-ia argumentar:
Mas os Emirados Árabes são ricos...nadam em petróleo!
Eu rebato:
Moçambique é tão privilegiado quanto os Emirados Árabes, esse que só dispõe do petróleo! O subsolo de Moçambique encerra imensuráveis e diversificadas riquezas minerais, suas terras são tão férteis e agricultáveis que em se plantando tudo é possível de frutificar, além de ser tão agraciado de sol, chuva e clima estável ao longo de todo o ano!
Moçambique (e toda a África) só precisa de homens (ou mulheres) na acepção da palavra, que pensem acima de tudo no seu povo!
O Senhor diz:
..."O resto do mundo é gheto, onde vivem les miserables, em cabanas escuras à luz de candeeiros de petróleo e com cheiro a esgoto, onde as crianças choram de malária e fome."...
COMPLETE-SE: ...jogados a este estado de coisas pelos seus líderes, seus políticos, seus militares em permanente guerra pelo poder.
Agora, para corroborar o que digo, compare-se a vida dos "libertadores", os "heróis da Frelimo", ou outros assemelhados de toda a África, com o resto da população, essa que "vive em cabanas escuras à luz de candeeiros de querosene, onde as crianças choram de malária e fome"! Daí, salta à vista que não é só no Ocidente que "a gente esnoba com carros fantásticos e comidas de sonho"!
OS MALES DE ÁFRICA ESTÃO EM ÁFRICA! E ASSIM TAMBÉM OS MALES DO RESTO DO MUNDO, DO GHETO, DA PERIFERIA, ESTÃO EM SÍ MESMOS.
NO FUNDO, NO ÂMAGO, NA RAIZ.
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José Carlos Cruz said...
O Ocidente é o bairro de cimento do mundo, onde vive gente rica, em prédios bonitos brilhantes e cheios de cores, com carros fantásticos e comidas de sonho.
O resto do mundo é gheto, onde vivem les miserables, em cabanas escuras à luz de candeeiros de petróleo e com cheiro a esgoto, onde as crianças choram de malária e fome.
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umBhalane said...
COITADO DO OCIDENTE.
Deve de ser uma "mulher" muito bonita, bela,..., tão disputada que é!!!
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José Carlos Cruz said...
A Renamo materializou a revolta das populações mais desfavorecidas contra a tirania brutal da Frelimo no pós-independência de Moçambique. Deram apoio à Renamo:
- Os camponeses, em número cada vez maior ao longo da guerra. À medida que a guerra se alastrava de região para região o exército da Frelimo queimava as casas da população para impedir que dessem apoio à Renamo. Esta atitude levou milhões de pessoas a fugirem para os países vizinhos, os chamados deslocados de guerra. Claro que esta população, assim como os que ficavam, se revoltaram contra a Frelimo.
- Os religiosos, de todas as religiões, que se sentiam perseguidos, hostilizados e ultrajados pelas autoridades e pelos militantes da Frelimo. Como consequência a Renamo tornou-se um movimento de guerreiros religiosos, na maioria cristãos e muçulmanos, unidos contra a Frelimo. Até hoje a Renamo é um partido basicamente de religiosos, congregando todas as religiões professando em Moçambique. Isto valeu à Renamo o apoio intenso das confissões religiosas, sendo esta a razão porque a sua liderança se deixou conduzir confiadamente pela Igreja Católica no processo da guerra e mais tarde nas negociações de paz. Dhlakama ainda acredita que a Renamo tem como missão levar o povo a conquistar definitivamente a paz e a democracia - porque esta é a causa que Deus lhe deu. Portanto Dhlakama luta por uma causa - só Deus o poderá ordenar a parar!
- Os régulos e toda a estrutura da sociedade tradicional moçambicana, que eram ferozmente espezinhados pela Frelimo, a qual pretendia substituir o poder tradicional pelo poder comunal - os comités do Partido, cujos chefes locais eram indicados pelas estruturas superiores de acordo com o grau de confiança que aqueles mereciam. Daí que régulos, que não são indicados por nenhuma autoridade terrena, mas sim por linhagem, sentindo a competição dos comités para dominar as suas populações, passaram a apoiar a Renamo. Ainda hoje os régulos apoiam a Renamo, que por seu turno lhes dá o merecido respeito.
Foi praticamente esta (e ainda é) a estrutura social de apoio que a Renamo teve na guerra. Esta estrutura, essencialmente de natureza intimamente ligada à religião e aos representantes tradicionais da população rural, influenciou profundamente o movimento na sua análise das condições sociais em Moçambique no início da década 90 - e a situação era terrível: não havia produção, principalmente agrícola e muito menos agro-industrial e industrial; as infra-estruturas e pessoal dos serviços públicos (educação, saúde, segurança, etc.) tinham desaparecido. A população estava exausta, as famílias dispersas e sem comunicação. Em suma, a guerra tinha de parar.
Não admira, dada a intimidade da Renamo com as igrejas, que tenham sido estas, lideradas pela Igreja Católica, a tomarem a iniciativa de se parar com a guerra. A razão foi humanitária!
Estou portanto plenamente de acordo com o Servidor de Cristo na Terra quando afirma que à mesa das negociações sentaram-se aqueles que concluíram ter chegado o momento de trocar a linguagem das armas pelo diálogo fraterno.
Quero salientar que, de acordo com a Renamo e Dhlakama, a causa que os move ainda está intacta, pelo que a luta ainda não terminou.
Mas acho muito pouco provável que a via da guerra seja escolhida tão cedo. Ainda existem muitos passos a dar antes de lá se chegar. É que, analisando as condições sociais actuais, a população moçambicana continua física e psicologicamente frágil, e incapaz de sustentar uma nova guerra. Foi precisamente esta a condição principal que levou ao fim da guerra!
Por outro lado, a Frelimo de hoje já não é a mesma dos anos 70 e 80. A Frelimo de hoje não fuzila em massa, os seus dirigentes vão à igreja, os régulos são reconhecidos pelo Estado e recebem salário e fardamento ...
Não faz sentido hoje a Renamo levantar armas contra o governo só porque acha que foi defraudada nas eleições - esta coisa de fraude só é compreendida internacionalmente a nível de círculos restritos - não é do domínio das media.
O motor que vai fazer mudar o cenário político em Moçambique vai ser de origem externa - o Ocidente já se convenceu que a Frelimo não é capaz de governar Moçambique de modo a manter a segurança dos seus interesses.
Agora o Ocidente denuncia abertamente o narcotráfico, a incapacidade de controlo da costa contra a pirataria e outros actos criminosos, a incapacidade de desenvolver mercados agrários, a incapacidade de controlar o tráfico de pessoas e de órgãos humanos e a incapacidade de diminuir a miséria social.
Será que estão a ser criadas condições para a mudança política que se pretende em Moçambique? Parece que sim. Dhlakama está fora da jogada? Perguntemos ao Ocidente...
18
Fernando Gil said...
Destaco que apesar do que nos conta o Dr. Nota Moises sobre o discurso de Samora Machel no Chibuto, o Professor André Thomashausen, no artigo que o Moçambique para Todos divulgou há dias (Preventive Diplomacy in Africa – Mozambique ), afirma que Samora Machel, “a 13 de Dezembro de 1985 apelou ao Papa para mediar entre o governo e a Renamo, e ao mesmo tempo pediu ao Bispo D. Jaime Gonçalves, familiar da esposa do presidente da Renamo, Rosária, para explorar as possibilidades de iniciar negociações secretas, sem o envolvimento de quaisquer outros dirigentes do governo ou de militares, ou de quaisquer potências estrangeiras.”
Quando será que os "historiadores" moçambicanos escreverão a verdadeira História do Moçambique recente? Ou estão há espera que o MOÇAMBIQUE PARA TODOS e os seus amigos descubram a careca a todos?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
19
Francisco Moises said...
Somente para acrescentar. O amigo Gil tem razao em dizer que a Igreja catolica foi instrumentalpara o processo da paz. Das igrejas foi a mais vocal em fazer apelos para a paz perante um irracionalismo de Samora Machel que chamou os bispos de Moçambique "macacos" que querem que nos assentemos para falarmos com "porcos do mato e javalis. Querem que nos tomemos estes porcos do mato e javalis para po-los numa mesa de negociaçoes e falarmos com eles (discurso feito em Chibuto em 1982 e retransmitida pela Radio de Moçambique e traduzido para ingles por mim para o beneficio da BBC para a qual trabalhava entao).
Ajuntaram-se tambem a voz catolica, a voz do Conselho cristao de Moçambique (protestantes) com a eminencia do bispo anglicano Dinis Singulane da diocese dos Pequenos Limbobos. Encontrei me com os catolicos, cardeal Alexandre Maria dos Santos de Maoputo; arcebispo Jaime Gonçalves da Beira da Inglesa catolica; o bispo Dinis Singulane e outros membros do Conselho cristao de Moçambique em Nairobi.
20
Beirense da Manga said...
SE..
A Igreja teve PAPEL PREPONDERANTE , para a edificação da PAZ em Moçambique, na pessoa do Arcebispo da Beira, D. Jaime Gonçalves, (prelado que merecia o Prémio Nobel da Paz-outros prelados que não fizeram tim-tim, receberam em situações dúbias e menores)-ou melhor que as Igrejas que estiveram por detrás, recebam esse reconhecimento.
Se Deus reconheceu (a prova, tenham chegado a acordo de Paz), PORQUE NÃO OS HOMENS DE BOA VONTADE O FAÇAM O MESMO (RECONHEÇAM), APESAR DE 18 ANOS VOLVIDOS.
NUNCA É TARDE!
21
Francisco Moises said...
Fui com Bethwell Kiplagat para o Malawi e entrei com ele em Moçambique e servi enterprete, pois que ele na fala portugues e os homens da Renamo nao falavam ingles. A citaçao do meu artigo que o amigo colocou aqui como materia para esta discussao foram as suas palavras ou seja as palavras do B. Kiplagat que no artigo nao citei pelo nome.
22
Fernando Gil said...
Recebido por email:
Foi crucial o papel da Igreja Católica moçambicana na aproximação das partes (governo e Renamo). O encontro preliminar entre o oficial queniano a que o Prof. Moisés faz referência (Sua Excelência o Embaixador Bethwel Kiplagat), e a direcção da Renamo foi corolário das iniciativas da Igreja.
Inicialmente vilipendiada por alguns por ter insistido na urgência da Paz, a Igreja viria a ser reconhecida pelas autoridades moçambicanas como podendo desempenhar um importante papel no fim das hostilidades em Moçambique.
A comunidade laica de Santo Egídio, agindo com a bênção e o encorajamento de Sua Santidade o Papa, mediou o processo negocial em Roma entre delegações do governo e da Renamo, encabeçadas respectivamente por Sua Excelência Armando Emílio Guebuza e Sua Excelência Raul Domingos.
Há narrativas já publicadas sobre o processo negocial que conduziu à paz na nossa Pátria amada. Seria de louvar se os académicos que investigaram, uns, que participaram, outros, contassem a história completa do processo que conduziu à paz em Moçambique para que as gerações vindouras possam ter sempre presentes a necessidade da Paz.
Não vejamos a paz nem como uma consequência da vitória de uma parte ou da derrota da outra. Olhemo-la, antes, como simbolizando o espírito da reconciliação e da concórdia entre os homens. À mesa das negociações sentam-se aqueles que concluem ter chegado o momento de trocar a linguagem das armas pelo diálogo fraterno.
Dessa boa vontade dos homens tiremos as devidas lições para que as palavras de um grande líder egípcio ressoem eternamente nas nossas mentes – “que não haja mais guerra”.
Um servidor de Cristo na terra.
23
Beirense da Manga said...
O que o Dr Moises Nota comenta, é parte da história que o povo, repito, o povo conhece, NO INTERIOR.
Algumas pessoas dessa população-que podem contar a história verdadeira- estão a desaparecer-por velhice e doenças-, e a Frelimo de Chissano-porque estava totalmente derrotada em finais de 86 e início de 87- daí concluiram o plano do assassínio dos intelectuais da Renamo.
Durante o ano de 87, o Dr. Evo também esteve nestas regiões do Vale do Zambeze, de motorizada com o Presidente, Gen. Afonso.
Foi nessa batalha de Sena-Mutarara-Mutarara Velha que a força aérea moçambicana e zimbabweana bombardearam a ponte do rio Zambeze, deitando abaixo 2/3 tabuleiros, pensando que as tropas que estavam a meio da ponte em fuga "fossem tropas da Renamo"!
O comentário do Dr Nota, é verdadeiro, porque após a tomada de Mutarara, Morrumbala, e outras sedes distritais na Zambézia, a logística de combate melhorou, não havia "racionamento de balas para as AKM"-como aconteceu algumas vezes em 86!
Esta parte histórica moçambicana pode desaparecer...apesar de ser a parte mais triste do País em si.
Agora passando a actualidade...
ONDE É QUE ANDAM OS MI-25/HÉLIS QUE bombardearam em Out/Nov de 1986, E DEITARAM ABAIXO 2/3 DOIS TABULEIROS DA PONTE D.Ana DO RIO ZAMBEZE do lado de SENA, E "foguetearam também Mutarara Velha" ...- que deveriam agora combater a pirataria somáli?
24
umBhalane said...
É sempre bom ler depoimentos, testemunhos vivos, de Francisco Moises.
Agora, o Ilustre JJLaboret, se juntar o que escreve Noé Nhantumbo, Francisco Moisés, umBhalane, Carlos Cruz, e alguns Outros, cada qual com o seu “estilo”, pode extrair conclusões.
No entanto, concedo que para um espírito formatado na racionalidade mais fria, é muito difícil compreender.
Mas que a RENAMO, no caso, Afonso Dhlakama (Afonso Macacho Marceta Dhlakama) entregou o ouro ao bandido, é verdade.
E bandido é como cobra – uma cobra será sempre uma cobra (provérbio Árabe).
Logo, bandido será sempre bandido.
25
Francisco Moises said...
Correcçao
No segundo paragrafo de baixo para cima, segunda linha, ler "inimaginavel" e nao "imaginavel."
26
Francisco Moises said...
Li a curta afirmaçao de Zacarias Muchanga que a Renamo foi para as negociaçoes visto que nao tinha apoio da Rodésia, Africa do Sul e do Ocidente, pelo que nao podia sustentar mais a guerra. Parcialmente, ele disse o que é obvio, mas é contradito por aquilo que a propira Frelimo sempre afirmava depois do Acordo de Incomati que a Africa do Sul violava os termos do Acordo e continuava abastecer a Renamo com material belico.
Nao sei onde Zacarias Muchanga estava durante a guerra para afirmar que a Renamo nao tinha a capacidade de continuar com a guerra. O que contava muito para a Renamo era o apoio do povo que eu observei por mais de cinco vezes que entrei em Moçambique com a Renamo. O que escrevo aqui é mais para o interesse dos historiadores. Baseo-me em pesquisas no teatro da guerra e informaçoes que me vieram de fontes diversas, incluindo imprensas que vinha lendo durante o desenrolar da guerra civil. Fazer propaganda nao me interessa minimamente. Nao sou daqueles que nao querem ver a verdade e que se limitam ao totalitarismo de defender so a Frelimo ou so a Renamo. Fui um daqueles que duramente critica Dhlakama aqui e alguem acusou-e de fazer uma vendeta pessoal contra Dhlakama.
Se esteve no lado da Frelimo, seria obvia que a Frelimo nao estava a lhe dizer a verdade sobre a situaçao no terreno. Se esteve no lado da Renamo, nao se preocupou em conhecer a verdade. Se estava no exterior, entao parece que nao obtinha a informaçao de ambos os lados.
A Renamo na verdade nao precisou da Africa do Sul depois, e mesmo antes do acordo de Incomati, depois de se ter consolidada nas suas zonas de operaçôes e expandido o seu teatro de operaçoes para todo o territorio nacional. Na medida em que a Frelimo recebia e tomava armas para as zonas de guerra, muito deste material terminava nas maos da Renamo visto que a tropa da Frelimo andava muito desmoralisada. Um exemplo entre tantos outros foi o caso de Murrumbala na Zambezia para onde, na medida em que a Renamo se aproximava da regiao, a Frelimo transportou para la toneladas e toneldas de armas na década de 1980.
Mal que a Renamo atacou a Frelimo na area, a Frelimo fugiu deixando este material atras. Guerrilheiros e o povo local tomaram dias e dias para carregar este material para a base da Renamo e para envia-o alem. Esta situaçao se repetia em muitas outras partes em Moçambique.
Passei por Morrumbala de caminho para Sofala, tendo antes daquela vez me encontrado com o Dhlakama um pouco a sul da vila de Morrumbala. Ele vinha de tomar a Vila de Mutarara em Tete em 1986, onde a Frelimo tinha sofrido uma das suas maiores baixas, tendo alguns soldados fugido para o Malawi. Outros soldados -- que se acumularam na ponte entre Mutarara em Tete e Vila de Sena em Sofala na tentativa de fugirem para a Vila de Sena -- viram se apanhados do fogo da Renamo que tambem vinha do lado de Vila de Sena e muitos acabavam por se lançar no rio Zambeze.
Dhlakama viajava de motorizada e se fazia acompanhar de pessoal em motorisadas capturadas a Frelimo.
A missao catolica de Morrumbala era ja mato e a vila de Morrumbala estava desertada tendo todas as casas sido atingidas, queimadas ou destruidas durante os combates.
Estando la em Morrumbala com ele, os serviços de captaçao da Renamo das transmissoes militares da Frelimo, anunciaram que Dhlakama estava em Chibuto, Gaza, com uma delegaçao estrangeira. Dhlakama riu-se a bom rir e disse: "a Frelimo vai enviar helicopteros para la." Nao havia delegaçao estrangeira. Era eu so que estive la com ele e certo do seu pessoal.
As forças estrangeiras, zimbabweanas e tanzanianas, vinha sangrando em Moçambique. Era muito frequente ver guerrilheiros da Renamo trajados de uniformes zimbabweanos e empunhado armas capuradas aos zimbabweanos.
Um dos religiosos catolicos de Moçambique, que nao vou nomear aqui com quem me encontrei em Nairobi, Quénia, durante o meu esforço de ligar a Renamo com Quénia a pedido do governo do ex-presidente Daniel arap Moi, me confiou o seguinte sobre a derrota das tropas tanzanianas na Zambézia: "a Renamo cercou os tanzanianos na Zambezia com o mar atras deles e o mar como o unico ponto de saida. Os tanzanianos pediram a Frelimo para quebrar o cerco por terra para alevia-los e a Frelimo nao foi capaz...."
Mesmo antes da intervençao tanzaniana, os tanzanianos estiveram tao alarmados com a derrota iminente da Frelimo que ja tinham dito que eles abririam a Frelimo o campo de Nachingwea para a Frelimo la se treinar e refazer a guerra desta feita contra um governo da Renamo em Moçambique.
Porque é Chissano pediu para conversar com a Renamo, aqui seguem algumas razaoes:
1. A situacao militar da Frelimo era insustentavel. A Frelimo tinha sido praticamente derrotada. O seu poder praticamente so se limitava em vilas e cidades, com a Renamo em redor de tais urbes. Transporte era sob forte escortas militares.
2. Mikhail Gorbachev da entao Uniao sovietica tinha dito a Joaquim Chissano que a Frelimo nao devia contar com o apoio soviético e que devia tentar encontrar a paz para Moçambique por via pacifica. O proprio Gorbachev ja planeava retirar as tropas sovieticas do Afganistao.
3. Zimbabwe e a Tanzania, para alem das suas baixas enormes em Moçambique, nao podiam continuar a sustentar as suas expediçoes militares por mais longo tempo. Estes tambem vieram a por pressao a Frelimo para que ela tentasse encontrar uma outra saida.
4. Os camaradas dentro da Frelimo estiveram divididos com alguns duros como Marcelino dos Santos a nao querer ouvir falar de negociaçoes e a falar de lutar até derrotar os bandidos armados, o que foi a posiçao de Chissano quando tomou a presidenca depois da morte de Samora Machel. Mas Chissano sabia que se a guerra continuasse por mais longo tempo e os zimbabweanos, Tanzanianos e os "cooperantes" militares cubanos se retirassem, o seu governo teria sido lançado para o mar.
Quando o Quénia aceitou ajudar a Frelimo a estabelecer contactos com a Renamo, o governo do Quénia sabia que a Renamo estava a ganhar. Temia mesmo o governo do Quénia que a Renamo viesse a recusar negociar com a Frelimo. Temia tambem que a Renamo, que o governo do Quénia descreveu como fraca politicamente, havia de perder no campo politico o que tinha ganho no campo militar -- o que veio acontecer.
Dito e feito. Porque é que a Frelimo ganhou no campo politico depois de perder no campo militar? Aqui entra em jogo a fraqueza de Dhlakama. Nao discutiu suficientemente com o seu pessoal para ver todas as vantagens e desavantagens de negociar com a Frelimo.
Nao intensificou as operaçoes depois de ouvir que a Frelimo queria negociar, coisa que muitos outros comandantes teriam feito, seja para derrubar o inimigo ou para vir a ditar condiçoes ao inimigo. Dhlakama tinha boa fé visto que estava convencido que em virtude da sua vitoria, a Frelimo havia de fazer um jogo limpo. Nao imaginou que a Frelimo faria um jogo sujo e que a Frelimo nunca mudaria.
As primeiras eleiçoes democraticas sob o governo da Frelimo foram roubadas apesar da presença da ONUMOZ e aceites por observadores estrangeiros embora tivesse havido irregularidades. Nas eleiçoes seguintes, as violaçôes da Frelimo foram mais e mais flagrantes, até que temos esta situaçao do governo actual da Frelimo no poder depois de violar muitas regras democraticas e dos direitos democraticos eleitorais dos moçambicanos.
Talvez por ser um dos unicos que vem as coisas de ambos os lados e consideram as fraquezas e defeitos da Frelimo e da Renamo, posso afirmar o seguinte:
Apesar da sua sede pelo poder, Afonso Dhlakama, embora tenha violado os direitos de certos por razoes politicas, nao é um homem sanguinario como Samora Machel, Joaquim Chissano e a cohorte da Frelimo, como a propaganda da Frelimo nos faz acreditar. É um homem que soube disciplinar quando certos dos seus militares por terem violentado populares depois de combates quando certos destes homens acusavam membros da populaçao de serem agentes da Frelimo e os batiam ou espancavam.
Dhlakama é um homem que sabe fazer piadas e pode se rir. Que ele iria demarramar mais sangue do que a Frelimo fez é imaginavel. Nao penso que seria democratico no meu entender dp conceito de democracia, mas nao seria barabaro como a liderança da Frelimo.
Como comandante-chefe foi mestre tactico, mas um pobre estratega por nao ter definido as metas da sua luta. Inversamente, os pobres tacticos da Frelimo, foram bons estrategas. Ganharam o poder politico depois de terem perdido militarmente visto que tinham definido a sua estratégia, as manias e manobras que iriam implementar.
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Faruq Abdul Satar said...
Não é bem assim!!!!
Houve interesse de Paises do exterior que a Frelimo continuasse no governo, porque talvez a RENAMO PODERIA A VIR A FAZER CORRER MAIS SANGUE, COMO REPRESÁLIA.
a verdade única, é que os dois já estavam cansados com a guerrilha, e que se estava a lixar eram os governantes que não podiam "sacar" o que queriam.
E, agora que se esta lixando é o POVO.
28
José Carlos Cruz said...
Logo após as eleições de 94, em que a Frelimo se declarou vencedora apesar da vitória ter pertencido à Renamo, Dhlakama acusou a ONUMOZ e a comunidade internacional de traição. Fez o mesmo nas eleições seguintes.
Porque será que Dhlakama acusa os observadores internacionais e os seus patrões de traidores?
29
umBhalane said...
Que o Sô é um grande safado, estou sabendo.
O assunto é meio complicado para quem racionaliza as questões.
Por isso mesmo, Samora Machel disse pouco antes de ser assassinado:
- O meu sucessor vai ser o Chissano.
- !!!???
- Vocês, os brancos, não percebem nada de política africana.
De fato (facto), porque fato é paletó.
A Renamo venceu a guerra, a frelimo venceu os resultados da guerra.
Isto é, a Renamo chegou ao intervalo do jogo a ganhar por 3 a 0 (zero), chegou ao fim do jogo, com mais 3 golos, e o resultado final de 6 a 0 (zero).
No balneário, bem na hora de trocar de roupa, saiu nua.
Tinham-lhe roubado TODA a roupa.
Agora, dizem que foi feitiço.
Num comentário recente feito a partir do Brasil, por pessoa que SABE do assunto, estava escrito que houve alguém que recebeu muito dinheiro (mola).
Agora, que é surreal, éééééé...ééé´!!!!
Só que eu choro, quando lembro.
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Reflectindo said...
Zacarias Muchanga, ainda bem que dizes que a Renamo já não tinha apoio da RSA e nem da Rodésia, mas falta dizeres uma coisa: a Renamo tinha apoio dos camponeses, e de alguns sectores da FPLM. Embora sem se revelarem nomes sabemos que dizem que era através destes que a Renamo recebia material bélico. E podemos imaginar de como a situacão seria, se mais meses a guerra durasse.
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JJLABORET said...
NADA PODE SER DESCARTADO!
A história, contada pela vivência real dos fatos por Nota Moisés, é verdadeira tomando-se por base o acontecimento, ou seja, houve o pedido de negociação, houve o descarte da RSA como palco, houve a mediação de Arap Moi, houve claboração do Malawi e o Nota Moisés com sacrifício físico, foi o veículo/mensageiro utilizado para esse contato. Sabe da história!
Mas não podem ser descartadas hipóteses, ao largo da ação do Nota Moisés, quais sejam:
1 - A Frelimo estava já batida realmente, e "pedia água" (hipótese do Nota Moisés);
2 - A Renamo já não tinha sustentação logística nem mais apoios para manter suas forças por longo período (Hipótese do Zacharias Muchanga);
3 - Pressões externas dos vizinos, em relação a ambos (Kênya, Malawi e RSA);
4 - Pressões internas de setores consideráveis, capazes de virar a balança para um dos lados (Religiosos, investidores, igreja, intelectualidade);
5 - Dhlakama chegou ao limite do que queria, e se dava por satisfeito com qualquer coisa que lhe fosse dado a sí e parte dos seus guerrilheiros para garantir uma aposentadoria futura (hipótese mais viável pelo seu comportamento atual);
6 - NENHUMA DESSAS HIPÓTESES.
Quero esclarecer que isso é divagação minha, como facetas do que o relato histórico de Nota Moisés deixa para a imaginação saudável ou doentia (como parece ser a minha!)
MAS O FATO, A VERDADE, A INSOFISMÁVEL CERTEZA ( será?) ESTÁ NO COMENTÁRIO DO MEU MESTRE UMBHALANE!
Mesmo assim ele escorrega um pouquinho:
..."A RENAMO ganhou a guerra civil, derrotando inexoravelmente, indiscutivelmente, inapelavelmente, o regime totalitário de cariz comunista, a frelimo"...
Taí.. para o Mestre umBhalane, a Frelimo foi derrotada! Isso que está aí não é Frelimo. Que diabos é então? Será que Renamo e Frelimo ao fazerem o tal acordo, JUNTARAM SEUS GUERRILHEIROS, SEUS POLÍTICOS, NUM PARTIDO NOVO QUE PASSOU A GOVERNAR ATÉ OS DIAS ATUAIS? E que não quer nem pode largar mais o poder, visto que satisfaz a ambos, ou seja, ao Dhlakama e Guebuza?
ISSO ME PARECE UM "SAMBA DO CRIOULO DOIDO"! ( fica o "link" para umBhalane rir à "bangu"):
http://www.youtube.com/watch?v=P-5LLSWkf-A
Mas se o que está aí, no poder, for a Frelimo, ME PARECE ENTÃO QUE FOI A VENCEDORA! Contra fatos não existem argumentos!
E já comecei o ano de 2011 rindo como se fosse um imbecil diante de uma nota de cem Euros! Este lado do Atlântico deixa a gente assim!
32
Noe Nhantumbo said...
A questao que se tem de ter a coerencia de reconhecer politicamente e que efectivamente as forcas militares afectas ao governo da Frelimo foram inviabilizadas. Isso nao e invencao ou algo artificial proclamado por adeptos ou propagandistas da Renamo. Tudo o que se passava no terreno o mostrava.
Quanto a todo o processo negocial, em Roma, Gaborone, Nairobi, Lisboa ou Malawi e "farinha de outro saco". Em futebol muitas vezes ha equipas que "ganham na secretaria". Por pressao de forcas externas e que em certa medida albergavam e financiavam as negociacoes entre o governo da Frelimo e a Renamo pode ter havido uma alianca desfavoravel a renamo que ditou tudo o que aconteceu pos-acordo de paz de Roma. Muitas vezes basta ver quem mais se beneficia no presente da plataforma decidida em Roma para concluir que o figurino do acordo possui os indicativos do que viria a acontecer em seguida. Quanto ao que aconteceria com Dlakama e uma incognita pois savimbi nao e Dlakama nem Dlakama e Savimbi. E preciso reconhecer que alguma fraqueza estruturall dos partidos politicos africanos e mocambicanos neste caso os colocam muitas vezes nas maos de lobistas e de interesses que nem sao os seus. E sabido que muitos dos governantes africanos preferem garantir o seu sustento e permanencia em posicoes de topo do que realmente alinhavar estrategias que tragam o que os seus povos realmente necessitam. E assim que vemos governantes vendo suas contas bancarias congeladas internacionalmente porque a origem dos fundos e obscura e muitas vezes resultante de saques ao erario publico de seus paises. Convem nao analisar de animo leve e triunfalista o que aconteceu e nem afastar a possibilidade de novos conflitos em Mocambique. Os acontecimentos sangrentos pos-eleitorais no Quenia, Zimbabwe, Costa do Marfim mostram que existe um potencial real de ocorrencia de violencia politica precisamente porque os politicos africanos tem a tendencia de ignorar os pressupostos democraticos e enveredam facilmente para caminhos escusos em beneficio pessoal.
E ja tempo de abandonar vias comprovadamente nefastas e adoptar pposturas de tolerancia e respeito pelos direitos dos outros. A corrida para o assalto e conquista de posicoes de relevo unilaterais no que concerne ao usufruto dos recursos naturais nacionais ppode constituir a mae de novos conflitos em paises como Mocamnbique. Nao resulta esquecer o tempo que passou...
33
Noe Nhantumbo said...
So quem nao vivia em Mocambique e que podera concordar com o que o senhor Zacarias Muchanga diz. A realidade dos dias pre-acordo de paz era claramente favoravel a Renamo do ponto de vista militar. Dizer outra coisa e faltar objectivamente a verdade.
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umBhalane said...
Bom.
A RENAMO conseguiu uma coisa que a frelimo NUNCA fez, conseguiu.
Agregar os diversos POVOS de Moçambique na luta GERAL, mesmo total , em TODO o território de Moçambique, incluindo a capital - Maputo.
De tal forma que Samora, e depois Chissano, quando iam na retrete lá em casa deles, mesmo, tinham medo que estivesse armadilhada.
Agora, propaganda barata de derrotado, e isso é o que está na história FACTUAL, já acostumamos.
A RENAMO ganhou a guerra civil, derrotando inexoravelmente, indiscutivelmente, inapelavelmente, o regime totalitário de cariz comunista, a frelimo.
O resto é conversa para inhacoso dormir.
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Nada disso.Se a RENAMO não aceitasse fosse as negociações, o lider da RENAMO acabaria como Savimbi. A RENAMO, já não tinha apoio nenhum, nem da RSA, nem da Rodésia e muito menos do ocidente. Nem hoje não há condições para a RENAMO fazer a guerra porque ninguém vai apoiar.

2 comentários:

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